A Artista
Djanira no ateliê da Vila Santa Cecília, no bairro de Santa Teresa (RJ), s/d
Biografia
{"time":1733935223594,"blocks":[{"type":"paragraph","data":{"text":"\nPintora, desenhista, ilustradora, cartazista, cenógrafa e gravadora, \nDjanira era neta de guaranis por parte de pai (Oscar Paiva) e de \naustríacos por parte de mãe (Pia Job Paiva). Nasceu em Avaré, interior \nde São Paulo, em 1914, e cresceu em Porto União, na divisa entre Santa \nCatarina e Paraná, onde teve uma vida simples e humilde, trabalhando em \nlavoura de café, criação de gado e cozinha de família. Sua experiência \nalimentaria sua produção artística anos mais tarde. Como escreveu Jorge \nAmado, para quem projetaria o mural <i>Candomblé</i>, “sendo um dos \ngrandes pintores de nossa terra, ela é mais do que isso. É a própria \nterra, o chão onde crescem as plantações, o terreiro da macumba, as \nmáquinas de fiação, o homem resistindo à miséria. Cada uma de suas telas\n é um pouco do Brasil”.\n\t\t\t\t\t\t\t\n\n"}},{"type":"paragraph","data":{"text":"Foi também modista, chapeleira e costureira antes de esboçar uma figura pela primeira vez aos 23 anos, quando, internada em um sanatório para se tratar de tuberculose, viu na parede um desenho de Jesus Cristo e fez a sua versão da imagem. Em entrevista a Clarice Lispector, declarou: “Foi a maior alegria quando encontrei a pintura. Nasceu de uma brincadeira. (...) Eu disse que sabia fazer um quadro melhor do que o que estava pendurado na secretaria. Desenhei Cristo. Então o interesse acordou em mim.” "}},{"type":"paragraph","data":{"text":"Em 1939, mudou-se para o Rio de Janeiro para cuidar da saúde e, seguindo conselhos médicos, foi morar em Santa Teresa, em busca de um ar mais puro. Lá, passou a gerenciar a Pensão Mauá, endereço de vários artistas, e começou a ter contato com a vanguarda da arte moderna da época. Costurava para damas cariocas, alugava quartos para artistas e, quando todos dormiam, ia para a cozinha desenhar. Em seu ateliê de costura, moldes de saias, rendas, fitas e retalhos aos poucos começaram a conviver com desenhos sobre papel. Em depoimento ao Museu da Imagem e do Som (MIS) em 1967, ela recordou essa época: “Uma moça da Suíça francesa me pediu para lhe fazer um vestido. Quando chegou ao meu ateliê, ela viu aquela porção de desenhos na parede e perguntou: ‘De quem são?’ Eu disse: ‘São meus’. Ela: ‘Não, eu quero saber quem fez’. Eu disse: ‘Fui eu’. E ela: ‘Então você é uma artista!’ Eu falei: ‘Não, isso é brincadeira minha’.” "}},{"type":"paragraph","data":{"text":"\nAutodidata, Djanira aprimorou sua arte no convívio com artistas, \ncríticos e intelectuais que frequentavam a pensão, como Milton Dacosta, \nCarlos Scliar, Maria Helena Vieira da Silva, Arpad Szenes e Rubem \nNavarra. Teve aulas com Emeric Marcier sobre processos importantes para o\n trabalho em pintura, como a preparação de telas e tintas, e fez o curso\n noturno de desenho do Liceu de Artes e Ofícios durante seis meses. \n“Marcier me explicou que eu era muito diferente dele, logo a minha \npintura tinha que ser muito diferente da pintura dele. Recomendou que eu\n não olhasse seus quadros, mas prestasse atenção às aulas, e me ensinou \ntoda a parte técnica da pintura, a começar pelo preparo das telas”, \ncontou Djanira em entrevista a Rubem Braga. [<i>Revista Visão</i>, RJ, 24.12.1965] \n\t\t\t\t\t\t\t\n\n"}},{"type":"paragraph","data":{"text":"\nAprendeu também vendo e ouvindo o Brasil. Não esse Brasil que conhecemos\n pelos livros que contam grandes eventos históricos, mas aquele que \nacontece todos os dias, ao nosso lado, dentro e fora dos grandes \ncentros. “Comecei a pintar desenhando o mundo modesto que me cercava. \nMeus animais, minha varanda, o interior de minha casa, retratos dos \nvizinhos. Eram estudos de observação amorosa das coisas que eu estimava.\n Tudo em preparação lenta, porque, graças a Deus, nunca fui habilidosa.”\n [<i>Correio da Manhã</i>, RJ, 11.1.1967]\n\t\t\t\t\t\t\t\n\n"}},{"type":"paragraph","data":{"text":"Cresceu como pintora já nos anos 1940 e, como apontou o crítico Frederico Morais, passou a ocupar uma posição peculiar na história da arte brasileira, produzindo em três décadas de atividade o que pode ser considerado um inventário afetivo do Brasil. Sua obra é um olhar atento e revelador de um país diverso, múltiplo e inclusivo, visto por ela nas cidades onde viveu e nas regiões por onde viajou. Entre seus temas estão festas e costumes regionais, paisagem, religiosidade (católica, indígena e de matriz africana), além de trabalhadores diversos, como mineiros de cal, ferro e carvão, lapidador de diamantes, operários da indústria automobilística, cesteiros, vaqueiros, madeireiros e costureiras. "}},{"type":"paragraph","data":{"text":"“Desde a minha primeira infância nos latifúndios de café, não sei o que seja ociosidade, o denso enigma de se viver sem propósitos. Criança ainda, trabalhando no campo, aprendi a separar os frutos da terra, a selecionar riquezas. Verifiquei, antes de saber o abecê, o quanto vale o amor e o preço da sobrevivência. Aprendi também o valor da dignidade humana, na vida simples que me cercava. E é no meio da gente humilde, nas horas de trabalho, de festas e tradições, que reencontro o melhor de meu sofrido coração. Como pintora, habito as ricas vertentes populares do Brasil, passando pelos sítios nacionalistas dos mestres Almeida Júnior, Teles Júnior, Di Cavalcanti, Luiz Soares e Tarsila do Amaral. Tenho raízes plantadas na terra, não traio minha origem, nem me envergonho de ser uma nativa. Confio no desenvolvimento de uma arte autenticamente nossa”, afirmou Djanira. "}},{"type":"paragraph","data":{"text":"Expôs suas pinturas pela primeira vez em 1942 e, em quase quatro décadas, construiu uma obra marcada pelo notável uso da cor, assumindo diferentes características ao longo dos anos, e pelo interesse crescente pela simplificação geométrica da forma. Em 1968, interrompeu um leilão, em que haviam incluído uma pintura atribuída a ela, para declarar que a obra era falsa. O caso ganhou grande repercussão na mídia, um inquérito foi aberto e as autoridades chegaram aos criminosos, que falsificaram não só a obra de Djanira, mas de outros artistas, como José Pancetti e Alberto da Veiga Guignard. Preocupada com a proteção de sua produção, acompanhou as discussões que se seguiram na Câmara dos Deputados sobre o projeto de lei que instituiria um certificado de autenticidade para obras de arte. "}},{"type":"paragraph","data":{"text":"\nEm 31 de maio de 1979, Djanira morreu no Hospital Silvestre, no Rio de \nJaneiro, em decorrência de complicações cardíacas. Duas semanas antes, \nhavia concluído sua última pintura: <i>Minha paisagem de Santa Teresa</i>,\n um tríptico da Baía de Guanabara vista da janela de sua casa que levou \ndois meses para ficar pronto. Foi velada no Museu de Arte Moderna do Rio\n de Janeiro como uma “forma de agradecer e retribuir a inesgotável \ncontribuição de Djanira à arte brasileira”, nas palavras do então \ndiretor-executivo da instituição, Carlos Flexa Ribeiro. Djanira foi \nsepultada com o hábito das carmelitas e descalça, conforme os preceitos \nda ordem religiosa à qual pertencia.\n\t\t\t\t\t\t\t\n\n"}}],"version":"2.18.0"}
Primeiros Anos
{"time":1733749408943,"blocks":[{"type":"Header","data":{"text":"1914","level":2}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["Nasce\nDjanira Job Pligert Paiva em 20 de junho de 1914, na cidade de Avaré, em São\nPaulo, neta de guaranis por parte de pai (Oscar Paiva) e de austríacos por parte de mãe (Pia Job Paiva). Seu pai a\ndeixou na casa de vizinhos\nna pequena cidade de Porto União, em Santa Catarina, quando ela tinha 2 anos. Prometeram buscá-la em 15 dias,\nmas a menina passou 14 anos à espera. Os pais nunca voltaram. Djanira trabalhou\nem lavoura de café, criação de gado e cozinha de família, e só voltaria a ver o\npai mais de 20 anos depois, quando foi atrás dele por conta própria."]}}],"version":"2.18.0"}
{"time":1733750530301,"blocks":[{"type":"paragraph","data":{"text":"<i>Nossa Senhora com menino Jesus</i>, s/d<b><br></b>"}}],"version":"2.18.0"}
{"time":1733500984320,"blocks":[{"type":"paragraph","data":{"text":"sem título [Nossa Senhora e menino Jesus com anjos], s/d"}}],"version":"2.18.0"}
Anos 1930
{"time":1733352059544,"blocks":[{"type":"Header","data":{"text":"1932","level":2}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["Transfere-se\npara São Paulo em busca de melhor condição de vida, casa-se com Bartolomeu\nGomes Pereira, maquinista da Marinha Mercante, e passa a se chamar Djanira Gomes Pereira."]}},{"type":"Header","data":{"text":"1937","level":2}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["Com tuberculose\npulmonar, é internada em um sanatório em São José dos Campos (SP), onde faz seu\nprimeiro desenho a lápis: um Cristo crucificado."]}},{"type":"Header","data":{"text":"1939","level":2}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["Por causa da\nsaúde, muda-se para o Rio de Janeiro e vai viver no bairro de Santa Teresa,\nonde trava amizade com inúmeros artistas e críticos\nde arte, entre eles Emeric Marcier, que lhe ensina processos importantes para o\ntrabalho em pintura, como a preparação de telas e tintas. Nesse período,\nfrequenta o curso noturno de desenho do Liceu de\nArtes e Ofícios durante seis meses. "]}}],"version":"2.18.0"}
{"time":1733501055562,"blocks":[{"type":"paragraph","data":{"text":"<i>Natureza-morta em Santa Teresa,</i> 1953"}}],"version":"2.18.0"}
Anos 1940
{"time":1733509528163,"blocks":[{"type":"Header","data":{"text":"1942 ","level":2}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["Morre seu marido,\nem navio afundado nas Antilhas durante a Segunda Guerra Mundial."]}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["Expõe suas obras\npela primeira vez na Divisão de Arte Moderna do Salão Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro.<br>"]}},{"type":"Header","data":{"text":"1943","level":2}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["Faz sua primeira\nexposição individual, na Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no Rio de\nJaneiro."]}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["Recebe Menção\nHonrosa no Salão Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro."]}},{"type":"Header","data":{"text":"1944","level":2}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["Recebe Medalha de\nBronze no Salão Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro, com a obra <i>O circo</i>."]}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["Suas obras\ncomeçam a ser exibidas no exterior: na Inglaterra, com a exposição <i>Pintura Moderna Brasileira</i>,\nna Royal Academy of Art de Londres; e na Argentina, no Chile e no Uruguai,\ncom a mostra itinerante <i>20 Artistas\nBrasileiros</i>."]}},{"type":"Header","data":{"text":"1945","level":2}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["Faz exposição\nindividual no Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB), no Rio de Janeiro."]}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["Vai\npara os Estados Unidos, onde permanece até 1947 em busca de aperfeiçoamento\ntécnico e conhecimento. É apresentada a artistas de renome internacional, como Fernand Léger, Joan Miró e Marc\nChagall, e se interessa, sobretudo, pela obra de Pieter Bruegel."]}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["Participa\nde exposição na Galeria da União Pan-Americana em Washington e em Boston (EUA)."]}},{"type":"Header","data":{"text":"1946","level":2}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["Ainda nos Estados\nUnidos, abre a exposição <i>Djanira –\nPaintings of Brazil and New York</i> na New School for Social Research, em Nova\nYork, e recebe crítica favorável da primeira-dama Eleanor Roosevelt em sua\ncoluna no jornal <i>The Washington Post</i>."]}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["Participa de\nmostra internacional na UNESCO, em Paris, e viaja pela Europa."]}},{"type":"Header","data":{"text":"1948","level":2}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["Faz exposição\nindividual no Ministério da Educação e Cultura, no Rio de Janeiro."]}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["Participa da\nexposição coletiva <i>Pintura Contemporânea</i>\nno Grupo Escolar Dias Velho, no Rio de Janeiro."]}}],"version":"2.18.0"}
{"time":1733501101236,"blocks":[{"type":"paragraph","data":{"text":"sem título [Cristo na cruz], 1943"}}],"version":"2.18.0"}
{"time":1733420039685,"blocks":[{"type":"paragraph","data":{"text":"<i>Parque de Diversões</i>,<b> </b>c. 1944"}}],"version":"2.18.0"}
{"time":1733420064956,"blocks":[{"type":"paragraph","data":{"text":"<i>Noite de São João</i>. 1946<br>"}}],"version":"2.18.0"}
{"time":1733352650737,"blocks":[{"type":"Header","data":{"text":"1949","level":2}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["Recebe Medalha de\nPrata no Salão Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro."]}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["Faz\nsua primeira exposição individual em São Paulo, no Studio Lina Bo (Arte Palma),\norganizada por Pietro Maria Bardi; e a primeira exposição em Petrópolis (RJ),\nno Museu Imperial."]}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["Participa\nda Exposição de Pintura e Escultura, organizada pelo Ministério da Educação e Cultura, no edifício da SulAmérica Cia. de Seguros, no Rio\nde Janeiro."]}}],"version":"2.18.0"}
{"time":1733750754149,"blocks":[{"type":"paragraph","data":{"text":"Djanira em Nova York, 1946"}}],"version":"2.18.0"}
Anos 1950
{"time":1733509562109,"blocks":[{"type":"Header","data":{"text":"1950","level":2}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["Faz o mural <i>Candomblé</i> para a casa do escritor Jorge\nAmado, na Bahia."]}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["Recebe a Grande\nMedalha de Prata no Salão do Distrito Federal."]}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["A convite da\nSecretaria de Educação da Bahia, faz exposição individual em Salvador e expõe\nno Clube Social de Itabuna, em Ilhéus."]}}],"version":"2.18.0"}
{"time":1733420108867,"blocks":[{"type":"paragraph","data":{"text":"Ateliê da rua Bernardino dos Santos, no bairro de Santa Teresa (RJ), c. 1970"}}],"version":"2.18.0"}
{"time":1733749528538,"blocks":[{"type":"Header","data":{"text":"1951","level":2}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["Recebe Medalha de\nOuro no Salão Paulista de Arte Moderna, em São Paulo."]}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["Participa\nanualmente, entre 1951 e 1958, do Salão Nacional de Arte Moderna, no Rio de\nJaneiro. Em 1951, recebe o Prêmio de Viagem com a obra <i>Zabumba</i>."]}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["Participa das\nexposições <i>Artistas Brasileiros</i>, no Museu de Arte Moderna do Rio de\nJaneiro, e <i>Crianças</i>,\nna Galeria IBEU (Instituto Brasil–Estados Unidos), ambas no Rio de Janeiro."]}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["Recebe o prêmio\nIPASE no Salão de Naturezas-Mortas, no Rio de Janeiro."]}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["Cria padrões\ntêxteis para a fábrica Estampados Modernos Ltda."]}},{"type":"Header","data":{"text":"1952","level":2}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["Recebe\no Prêmio de Viagem ao País do Salão Nacional de Arte Moderna, no Rio de\nJaneiro, com a tela <i>Caboclinhos</i>."]}},{"type":"Header","data":{"text":"1953","level":2}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["Casa-se no Mosteiro de São Bento com seu segundo marido, o poeta,\nhistoriador e arte educador José Shaw da Motta e Silva, seu maior companheiro\ne amigo, cujo sobrenome viria a adotar."]}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["Conclui\na tela de 45m² <i>História de Petrópolis</i>,\nsobre o desenvolvimento da cidade, para o Liceu Municipal de Petrópolis (RJ)."]}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["Pinta cenários\npara o Teatro dos Doentes de Curicica (Campanha Nacional contra a Tuberculose),\nno Rio de Janeiro."]}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["Participa da II\nBienal de São Paulo (SP) e da exposição comemorativa do I Congresso Nacional de\nIntelectuais em Goiânia."]}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["Recebe Medalha de\nBronze do V Salão Municipal de Belas Artes no Museu Nacional de Belas Artes, no\nRio de Janeiro."]}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["Entre 1953 e 1954, faz viagem de estudo à\nUnião Soviética."]}}],"version":"2.18.0"}
{"time":1733420131010,"blocks":[{"type":"paragraph","data":{"text":"<i>Caboclinhos</i>, 1951<br>"}}],"version":"2.18.0"}
{"time":1733750836330,"blocks":[{"type":"paragraph","data":{"text":"sem título [primeiro retrato do Motta], 1952"}}],"version":"2.18.0"}
{"time":1733749720822,"blocks":[{"type":"Header","data":{"text":"1954","level":2}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["Em viagem pelo Brasil, conhece o Planalto\nCentral e o Norte do país."]}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["Viaja para o Chile."]}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["É uma das líderes do movimento Salão\nPreto e Branco (como ficou conhecido o III Salão Nacional de Arte Moderna, no\nRio de Janeiro), um protesto de artistas contra os altos preços do material de\npintura. "]}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["Integra o júri de Seleção e Premiação do\nSalão Nacional de Arte Moderna e o júri do IV Salão Baiano de Belas Artes."]}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["Participa da exposição de artistas\nmulheres, parte da programação da I Conferência Latino-Americana da Mulher, na\nAssociação Brasileira de Imprensa, no Rio de Janeiro; e da exposição <i>Brazilská Grafika</i> em Praga, na antiga Tchecoslováquia."]}},{"type":"Header","data":{"text":"1955","level":2}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["Recebe o Primeiro Prêmio de Pintura do\nSalão do Cristo Negro, no Rio de Janeiro, e o Prêmio de Aquisição no Salão\nPaulista de Arte Moderna, em São Paulo."]}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["Participa do Salão de Miniatura na Associação Brasileira de Imprensa (ABI),\nno Rio de Janeiro."]}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["Tem reprodução de sua obra editada em\ncartão, com os agradecimentos da Comissão da Assembleia Nacional das Mães."]}},{"type":"Header","data":{"text":"1956","level":2}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["Faz o cartaz da\npeça teatral <i>Orfeu da Conceição</i>, de\nVinícius de Moraes, apresentada no Teatro Municipal do Rio de Janeiro."]}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["Participa das\nexposições coletivas <i>Arte Brasileña</i>,\nno Uruguai, organizada pelo Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro;<i> Arts Primitifs Modernes Brésiliens</i>, no Musée d'Ethnographie de Neuchâtel, na Suíça; e\n<i>50 Anos da Paisagem Brasileira</i>, no Museu de Arte Moderna de São Paulo."]}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["Recebe a Grande\nMedalha de Bronze do Salão de Arte de Taubaté (SP)."]}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["É editado um cartão\nde Natal com reprodução de sua obra."]}}],"version":"2.18.0"}
{"time":1733420175809,"blocks":[{"type":"paragraph","data":{"text":"<i>Zona Norte</i>, 1956"}}],"version":"2.18.0"}
{"time":1733420201995,"blocks":[{"type":"paragraph","data":{"text":"<i>Orfeu da Conceição</i>, 1950<br>"}}],"version":"2.18.0"}
{"time":1733510911782,"blocks":[{"type":"Header","data":{"text":"1957","level":2}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["Participa da\nexposição itinerante <i>Arte Moderna no\nBrasil</i> em Buenos Aires e Rosário, na Argentina, em Santiago do Chile, e em Lima,\nPeru."]}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["Ganha o Prêmio do\nDiário de Notícias no Salão Nacional\nde Arte Moderna, no Rio de Janeiro."]}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["Cria cenários e\ncortina para o Teatro Folclórico Brasileiro, no Rio de Janeiro, e para o Teatro Popular de Solano\nTrindade, em São Paulo. "]}},{"type":"Header","data":{"text":"1958","level":2}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["O Museu de Arte\nModerna do Rio de Janeiro promove a primeira exposição retrospectiva de sua\nobra, que depois segue para a Haus der Kunst, em Munique, Alemanha. "]}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["Participa do\nGuggenheim International Award em Nova York, com outros quatro artistas\nbrasileiros."]}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["Faz exposição\nindividual na Galeria de Arte da Folha de São Paulo."]}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["Sua obra <i>Trabalhadores de Cacau</i> vira tapeçaria\npelas mãos do artista francês Jean Lurçat."]}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["É editado por\nMario de la Parra o conjunto de serigrafias e cartões <i>Nossa Senhora e anjos</i>, <i>Sant’Ana</i>,\n<i>Cena de circo</i> e <i>Colheita de cacau</i>."]}},{"type":"Header","data":{"text":"1959","level":2}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["Participa da\nexposição itinerante <i>Arte Brasileira</i>, em Munique, Viena, Paris, Madri e\nUtrecht."]}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["É editado o\ncartão <i>Trabalhadores de cacau</i>."]}}],"version":"2.18.0"}
{"time":1733501278391,"blocks":[{"type":"paragraph","data":{"text":"Cartaz da exposição <i>Djanira</i> no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, 1958<br>"}}],"version":"2.18.0"}
Anos 1960
{"time":1733510101185,"blocks":[{"type":"Header","data":{"text":"1960","level":2}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["Participa da 2ª\nBienal Internacional do México como artista convidada."]}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["Participa das\nexposições <i>Trinta anos de Pintura\nBrasileira</i>, na Galeria\nMacunaíma, no Rio de Janeiro; e <i>L'Art Moderne Brésiliene</i>, no Museu de Arte Moderna de Paris\n(França); e da exposição inaugural da Galeria Bonino (RJ), com texto de\napresentação de Mario Pedrosa."]}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["Participa de\nexposição coletiva no Museu de Arte Moderna de Buenos Aires, na Argentina."]}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["Viaja para o Maranhão, onde passa um\ntempo com o povo Canela (hoje autointitulado Timbira)."]}}],"version":"2.18.0"}
{"time":1733420249418,"blocks":[{"type":"paragraph","data":{"text":"Ateliê da rua Bernardino dos Santos, no bairro de Santa Teresa (RJ), c. 1970"}}],"version":"2.18.0"}
{"time":1733510152273,"blocks":[{"type":"Header","data":{"text":"1961","level":2}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["Faz individual na Galeria Bonino (RJ), com texto\nde Mario Barata, José Geraldo Vieira e Jorge Amado. Esta\nexposição foi depois apresentada em Buenos Aires, Argentina."]}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["Participa da exposição\n<i>O Rosto e a Obra</i>,\nna Galeria IBEU (Instituto Brasil–Estados Unidos); e de outra coletiva na\nPiccola Galeria, ambas no Rio de Janeiro."]}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["A Bananal\nEditora, da Galeria Bonino em Buenos Aires, Argentina, edita cartão de boas\nfestas com sua obra."]}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["É\nincluída na Current Biography, <i>Who’s New\nand Why</i>, revista mensal que apresenta perfis de pessoas que são notícia,\nincluindo políticos, atletas, empresários e artistas, editada em Nova York\n(EUA) desde 1940. Os artigos são coletados em volumes encadernados anuais chamados\n<i>Current Biography Yearbook</i>."]}},{"type":"Header","data":{"text":"1962","level":2}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["O Museu Nacional\nde Belas Artes, no Rio de Janeiro, abre exposição individual comemorativa dos\n20 anos de pintura de Djanira."]}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["Cria seis painéis\npara dois navios da Companhia de Navegação Costeira."]}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["A pedido de\nRaimundo Castro Maia, faz um cartão de Natal."]}}],"version":"2.18.0"}
{"time":1733420270777,"blocks":[{"type":"paragraph","data":{"text":"<i>Cena de Mercado</i>, 1960"}}],"version":"2.18.0"}
{"time":1733420317778,"blocks":[{"type":"paragraph","data":{"text":"<i>Bananal</i>, 1961"}}],"version":"2.18.0"}
{"time":1733749772546,"blocks":[{"type":"Header","data":{"text":"1963 ","level":2}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["Cria o mural de\nazulejos <i>Santa Bárbara e os operários</i>,\nprojetado em 1958 para a capela do Túnel Santa Bárbara, que liga os bairros de Laranjeiras e Catumbi, no Rio de Janeiro. Em\n1985, o painel é retirado do túnel, restaurado e guardado. Em 1993, é\ntransferido para o Museu Nacional de Belas Artes, em um acordo de comodato\nentre a instituição e a prefeitura do Rio de Janeiro. Em 1997, depois de passar por nova\nrestauração, o painel é instalado no pátio interno do MNBA, em uma área de 97m²,\ncom 4.600 azulejos (originalmente, a obra contava com 5.300 peças e ocupava uma\nárea de 130m²). A instituição promove a exposição <i>Djanira e a Azulejaria Contemporânea</i>, com texto de Frederico Morais\ne detalhes do processo de restauração e instalação do painel."]}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["Recebe\nMedalha de Prata da exposição <i>Resumo\ndo Jornal do Brasil</i>, no\nRio de Janeiro."]}},{"type":"Header","data":{"text":"1964","level":2}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["Ilustra\npara o grupo Cem Bibliógrafos do Brasil a novela <i>Campo Geral</i>, de\nGuimarães Rosa."]}},{"type":"Header","data":{"text":"1965","level":2}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["Participa\nde exposição de cartazes de artistas nacionais na Biblioteca Municipal de São Paulo;\ne de exposição coletiva na Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de\nJaneiro, com gravuras."]}},{"type":"Header","data":{"text":"1966","level":2}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["Cria uma série de desenhos destinados a decorar louças para a fábrica paulista Goiana."]}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["Publica\no álbum de serigrafias<i> Djanira</i> pela editora\nCultrix Ltda, com texto de Rodrigo Mello Franco de Andrade."]}},{"type":"Header","data":{"text":"1967 ","level":2}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["Grava\nparticipação no projeto Depoimento para a Posteridade,\ndo Museu da Imagem e do Som (MIS), no Rio de Janeiro."]}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["Participa da\nexposição <i>Ateliê</i> no Museu de Arte\nModerna do Rio de Janeiro, reconstruindo seu ateliê com 130 obras, entre\ndesenhos, pinturas e outras técnicas."]}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["É publicado um\nvolume especial pela GAM Editora com estudos críticos de sua obra, por Clarival\ndo Prado Valladares e Mario Barata, além de reproduções de gravuras, desenhos e\nserigrafias."]}}],"version":"2.18.0"}
{"time":1733751018595,"blocks":[{"type":"paragraph","data":{"text":"sem título [estudo para ilustração do livro <i>Campo Geral</i>, de Guimarães Rosa], 1964"}}],"version":"2.18.0"}
{"time":1733420364320,"blocks":[{"type":"paragraph","data":{"text":"<i>Cena de Rua</i>, 1964"}}],"version":"2.18.0"}
{"time":1733749809008,"blocks":[{"type":"Header","data":{"text":"1968","level":2}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["Edita o bilhete de loteria <i>Festas Juninas</i> para a Loteria\nFederal. "]}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["Ilustra em guache\n<i>Mangueira</i>, no calendário <i>50 anos de samba</i>, da Pirelli, no Rio de Janeiro."]}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["Participa de exposições\ncoletivas no Museu de Arte Negra, no Rio de Janeiro, com apresentação de Abdias Nascimento; e no\nMuseu Imperial de Petrópolis (RJ)."]}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["Colabora com a\nAdriática Têxtil Comércio e Indústria S/A na reprodução de suas pinturas."]}},{"type":"Header","data":{"text":"1969","level":2}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["Participa de\nexposições coletivas no Banco do Estado do Piauí, em Teresina; na Galeria\nDocumenta, em São Paulo; e no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (com o acervo\nartístico da Loteria Federal)."]}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["Sua obra é\nincluída no álbum <i>Pintura\nBrasileira III</i>, editado pelo Instituto Brasileiro de\nEducação, Ciência e Cultura (IBECC)."]}}],"version":"2.18.0"}
{"time":1733751057526,"blocks":[{"type":"paragraph","data":{"text":"sem título [álbum <i>Djanira</i>], 1966"}}],"version":"2.18.0"}
Anos 1970
{"time":1733510520207,"blocks":[{"type":"Header","data":{"text":"1970","level":2}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["Participa das\nexposições coletivas <i>A Mulher na Pintura</i>, na Galeria IBEU; e <i>Os brasileiros</i>, na Galeria do Teatro Santa Rosa, ambas no Rio de Janeiro."]}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["Júlio Pacello\nlança uma edição de cem exemplares do <i>Oratório da Djanira</i>, contendo dez gravuras da artista e\num poema de Odylo Costa, filho. "]}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["Executa a\ntapeçaria <i>Nossa Senhora</i> em processo\nde estampagem."]}}],"version":"2.18.0"}
{"time":1733420405287,"blocks":[{"type":"paragraph","data":{"text":"<i>Meios de Transporte</i>, 1967<br>"}}],"version":"2.18.0"}
{"time":1733510580530,"blocks":[{"type":"Header","data":{"text":"1971","level":2}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["É publicado o\nálbum de serigrafias <i>Arte e Transporte</i>, patrocinado pelo Ministério dos\nTransportes, com tiragem de cem exemplares e textos de Murilo Miranda e Rubem\nBraga."]}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["Participa da\nexposição <i>9 Gravadores Brasileiros</i>, na Mini-Gallery, no Rio de Janeiro."]}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["É convidada,\njunto com outros quatro artistas, para figurar com uma obra no Museu do\nVaticano. A obra doada por Djanira foi <i>Nossa Senhora de Sant’Ana</i>. "]}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["Recebe Medalha de\nOuro de uma religião oriental por ocasião da visita do Patriarca Tokuchika ao\nBrasil."]}},{"type":"Header","data":{"text":"1972 ","level":2}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["Recebe o hábito\nde irmã leiga da Ordem Terceira das Carmelitas Descalças, sob o nome de Teresa\ndo Amor Divino, e a Medalha e o Diploma da Cruz Pro Ecclesia et Pontifice, do\nVaticano, conferidos pelo Papa Paulo VI."]}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["É a primeira\nartista latino-americana a ter uma obra adquirida pelo Museu de Arte Moderna do\nVaticano. "]}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["Participa de\nexposição coletiva na Mini-Gallery, no Rio de Janeiro."]}}],"version":"2.18.0"}
{"time":1733751158548,"blocks":[{"type":"paragraph","data":{"text":"Santana Mestra [do álbum <i>Oratório da Djanira</i>], 1970"}}],"version":"2.18.0"}
{"time":1733751176551,"blocks":[{"type":"paragraph","data":{"text":"São Pedro [do álbum <i>Oratório da Djanira</i>], 1970"}}],"version":"2.18.0"}
{"time":1733511438937,"blocks":[{"type":"Header","data":{"text":"1973","level":2}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["Recebe Medalha de\nHonra da Inconfidência do governo de Minas Gerais."]}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["Participa da\ncoletiva <i>A Figura Humana</i>, na Galeria Collectio, em São Paulo,\ne da mostra de acervo do Museu de Arte Contemporânea de São Paulo."]}},{"type":"Header","data":{"text":"1974","level":2}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["Participa\ndas exposições coletivas <i>A Moderna\nGravura Brasileira</i>, na\nBiblioteca Nacional do Rio de Janeiro; e <i>Brasil/Senegal</i>, no Museu de Arte Moderna\ndo Rio de Janeiro."]}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["Sua obra é\nincluída no livro <i>Expoentes da Pintura\nBrasileira</i>, com texto de Antonio Bento e edição do Clube de Arte, Rio de\nJaneiro, com 31 reproduções e tiragem limitada."]}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["São editados os\nálbuns<i> 10 Desenhos de Djanira</i>, pela\neditora Cultrix, com texto de Flávio de Aquino; e <i>Casa de Farinha</i>, com introdução de\nAntonio Callado."]}}],"version":"2.18.0"}
{"time":1733751201639,"blocks":[{"type":"paragraph","data":{"text":"Capa do álbum <i>Casa de Farinha</i>, 1974"}}],"version":"2.18.0"}
{"time":1733751224921,"blocks":[{"type":"paragraph","data":{"text":"sem título [álbum <i>Casa de Farinha</i>], 1974"}}],"version":"2.18.0"}
{"time":1733750349058,"blocks":[{"type":"Header","data":{"text":"1975","level":2}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["Ganha diploma e\ntítulo de Patrona dos Artistas de Santa Teresa e participa da exposição coletiva\norganizada pela Associação de Moradores do bairro, por ocasião da inauguração\nda Estação dos Bondes, no Rio de Janeiro. "]}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["A tela <i>Prensa de Farinha</i> é escolhida para ser a\nPeça do Mês do Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro."]}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["Participa das\nexposições <i>Resumo da Arte Brasileira</i>,\nna Galeria Ranulfo, em Recife (PE); <i>Arte\nBrasileira – Acervo do MAM</i>,\nno Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro; e <i>Semana\nde Arte da Tijuca</i>, no\nShopping Tijuca, também no Rio de Janeiro."]}}],"version":"2.18.0"}
{"time":1733501739314,"blocks":[{"type":"paragraph","data":{"text":"<i>Trabalhadores de cal</i>, 1974"}}],"version":"2.18.0"}
{"time":1733501749292,"blocks":[{"type":"paragraph","data":{"text":"<i>Trabalhador de cal</i>, 1974"}}],"version":"2.18.0"}
{"time":1733510711422,"blocks":[{"type":"Header","data":{"text":"1976","level":2}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["Faz\nexposição retrospectiva no Museu Nacional de Belas Artes, em homenagem aos seus\n35 anos de carreira, reunindo 180 obras. "]}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["Os cineastas\nNelson Penteado, Paulo Rovai e Paulo Gil filmam documentários sobre Djanira."]}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["Participa da\ncoletiva <i>Temas Sacros na Arte</i>, na\nGaleria Eucatexpo, no Rio de Janeiro."]}},{"type":"List","data":{"style":"unordered","items":["Sua obra é\nincluída no álbum <i>Pintores Brasileiros\nFamosos</i>, das Edições Fontana e Livraria Cultrix, com apresentação de Mario\nBarata."]}},{"type":"Header","data":{"text":"1977","level":2}},{"type":"paragraph","data":{"text":"Recebe os prêmios\nGolfinho de Ouro e Estácio de Sá no Museu da Imagem e do Som, no Rio de\nJaneiro."}},{"type":"Header","data":{"text":"1979 ","level":2}},{"type":"paragraph","data":{"text":"Em 31 de maio,\nDjanira morre no Hospital Silvestre, no Rio de Janeiro, em decorrência de\ncomplicações cardíacas. É sepultada com o hábito das carmelitas e descalça,\nconforme os preceitos da ordem religiosa à qual pertencia."}}],"version":"2.18.0"}
{"time":1733751257893,"blocks":[{"type":"paragraph","data":{"text":"<i>Mina de ferro - Itabira</i>, 1976"}}],"version":"2.18.0"}
Anos Póstumos
{"time":1733510756644,"blocks":[{"type":"paragraph","data":{"text":"Em\n1984, o Museu Nacional de Belas Artes recebe a doação do espólio da artista\npelo viúvo José Shaw da Motta e Silva. Maior conjunto de obras da artista em\numa coleção, reúne 57 pinturas a óleo, 27 gravuras e suas respectivas matrizes\ne cerca de 600 esboços e desenhos, além de arquivo bibliográfico da obra e da atuação\nda artista, organizado ao longo de anos. "}},{"type":"paragraph","data":{"text":"Em\n1985, a instituição edita o livro <i>Djanira</i>,\numa importante referência não só da obra da artista, mas também do trabalho do\nMNBA como instituição de preservação, pesquisa e exposição da produção\nartística brasileira. Tem 200 páginas, imagens e lista completa do acervo doado\npara o museu, textos inéditos na época (feitos especialmente para a\npublicação), fortuna crítica (com textos assinados por Antonio Bento, Frederico\nMorais, Gerardo Mello Mourão, Jayme Maurício, José Roberto Teixeira Leite,\nManuel Bandeira, Mario Pedrosa e Roberto Pontual, entre outros importantes nomes) e\ndados biográficos."}}],"version":"2.18.0"}
{"time":1733420576043,"blocks":[{"type":"paragraph","data":{"text":"Ateliê da rua Bernardino dos Santos, no bairro de Santa Teresa (RJ), c. 1970 "}}],"version":"2.18.0"}
{"time":1733354001972,"blocks":[{"type":"paragraph","data":{"text":"A\nobra de Djanira continua presente no imaginário da cena artística, participando de exposições coletivas e individuais, no\nBrasil e no exterior. Em 2019, ganha especial destaque com a exposição <i>Djanira: A memória de seu povo</i>, realizada pelo Museu de Arte de São\nPaulo e o Instituto Casa Roberto Marinho, no Rio de Janeiro. Com curadoria de\nIsabella Rjeille e Rodrigo Moura, a mostra inaugurou a programação <i>Histórias das\nmulheres, histórias feministas</i> do MASP e é\na maior exposição monográfica da artista realizada desde sua morte, reunindo\ncerca de 70 obras, além da edição de um livro de 300 páginas, com textos\n(inéditos e reeditados), imagens de obras, fotografias e documentos."}},{"type":"paragraph","data":{"text":"Em 2021, o Instituto Pintora Djanira é criado com a missão de\npreservar, pesquisar e disseminar a obra e a memória desta importante artista\nbrasileira, assim como do contexto histórico-cultural do modernismo brasileiro\nno qual essa produção se insere. Em 2024 o Instituto ganha dimensão pública,\ncom o lançamento de seu website e o início do processo de catalogação da obra\nda artista."}}],"version":"2.18.0"}
{"time":1733419657242,"blocks":[{"type":"paragraph","data":{"text":"Residência da artista na rua Bernardino dos Santos, no bairro de Santa Teresa (RJ), 2017"}}],"version":"2.18.0"}
{"time":1733510812538,"blocks":[{"type":"paragraph","data":{"text":"Em\n2023, a mostra <i>Brasil Futuro: As formas\nda democracia</i>, com curadoria de Lilia Schwarcz, leva para o Museu Nacional da República (Brasília), a Casa\ndas 11 Janelas (Belém), o Solar do Ferrão (Salvador) e o Museu de Arte do Rio (Rio de Janeiro) mais\nde cem obras de artistas brasileiros de diferentes gerações. Entre eles estava\nDjanira e sua pintura <i>Orixás</i>, que havia\nsido retirada da exposição permanente no Salão Nobre do Palácio do Planalto, em Brasília,\ndurante o mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro (2019-2022). Ao fim da\nmostra, a obra voltou a ser exibida na sede do Poder Executivo Federal."}},{"type":"paragraph","data":{"text":"Em 2024, a obra\nde Djanira ganha novamente destaque internacional, participando pela primeira\nvez da Bienal de Veneza, com curadoria de Adriano Pedrosa, e da exposição <i>Brasil! Brasil</i><i>!</i>, organizada pelo Zentrum\nPaul Klee, em Berna, Suíça, em cooperação com a Royal Academy of Arts de\nLondres, onde será exibida em 2025. "}}],"version":"2.18.0"}
Obras
Como parte das comemorações dos 110 anos de nascimento de Djanira da Motta e Silva, o Instituto Pintora Djanira inicia a catalogação de sua produção de quase quatro décadas. A primeira etapa desse projeto foi realizada no segundo semestre de 2024, com patrocínio do Itaú e o apoio institucional da Pinakotheke Cultural. Ao longo de quatro meses, cerca de 200 itens foram catalogados e o resultado desse processo já está disponível aqui para consulta pública e gratuita. As próximas fases preveem a catalogação de obras de acervos públicos e coleções privadas.
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Mercado da Bahia, 1959 (detalhe)